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Dopo la morte di Miguel Pereira, avvenuta a Pistoia il 3 febbraio 2003, è stato ritrovato fra le sue carte un taccuino, di cui si ignorava l’esistenza. È un diario dei primi giorni di guerra, dallo sbarco alla prima esperienza al fronte, che si chiude con l’arrivo a Pistoia, dove aveva sede il Comando della Força Expedicionaria Brasileira. Ne pubblichiamo il testo portoghese integrale, con traduzione italiana a fronte, come testimonianza della grande anima che vive ancora fra noi.
La famiglia Pereira
Depois do falecimento do Miguel Pereira em Pistoia a 3 de fevereiro de 2003, foi encontrado entre os papéis dele um canhenho do qual ninguém tinha noticia. É um diario dos primeiros dias de guerra, desde o desembarque até as primeiras experiências no fronte, que acaba no dia da chegada em Pistoia, onde ficava o QG da Força Expedicionária Brasileira. Publica-se aqui o texto português completo, com tradução italiána na frente, como testemunho da grande alma, que ainda vive conoscos.
Família Pereira
Nel centenario della nascita di Miguel Pereira si ripubblica il Diario riveduto e con l'aggiunta di una notizia relativa al suo archivio personale.
No centenário do nascimento de Miguel Pereira, publicamos o Diário revisado e acrescentado por uma notícia relacionada ao arquivo pessoal dele.
Miguel Pereira nacque nel 1918 in Brasile, nel Rio Grande do Sul. Dopo l’infanzia e l’adolescenza trascorse nella terra dei gauchos, entrò volontario nell’esercito nel 1938, spinto più che altro dal desiderio di istruirsi. Nel 1944, quando il governo brasiliano decise di entrare nella guerra in Europa a fianco degli Stati Uniti, scelse di arruolarsi nel corpo di spedizione. Fece parte del gruppo radio, e fu lui a consegnare al generale Zenóbio da Costa il telegramma del Generale Alexander che annunciava il cessate il fuoco. Nel 1946 ebbe l’incarico di curare il Cimitero di guerra brasiliano di Pistoia, dapprima insieme ad un piccolo gruppo di commilitoni, poi, dal 1948 al 1960, da solo. Nel 1960 i resti dei soldati furono riportati in Brasile, e successivamente fu innalzato sul terreno dell’ex-cimitero un Monumento votivo, di cui Miguel Pereira rimase il curatore fino alla morte, avvenuta a Pistoia nel 2003.
Miguel Pereira nasceu em 1918, no Estado do Rio Grande Sul, Brasil. Depois de ter passado a infância e a mocidade na terra dos gaúchos, em 1938 alistou-se como voluntário no exército, com vista essencialmente à possibilidade, que aí tinha, de estudar. Em 1944, quando o governo brasileiro decidiu entrar na guerra como aliado dos Estados Unidos em Europa, ele pediu para partir com a Força Expedicionária Brasileira. Foi incorporado no Grupo Rádio, e teve a sorte de entregar pessoalmente, ao General Zenóbio da Costa, o despacho do General Alexander comunicando a conclusão da guerra. Em 1946, foi encarregado como zelador do Cemitério de guerra brasileiro em Pistoia, no começo junto com um pequeno grupo de soldados; mas, logo desde 1948 até 1960, ficou sozinho. Em 1960, os restos dos soldados foram levados para o Brazil, e nos anos seguintes foi construído no lugar do velho Cemitério um Monumento votivo, do qual Miguel Pereira foi zelador até ao seu falecimento, que aconteceu em Pistoia a 3 de fevereiro de 2003.
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